Amor e viagens...astrais!

Há una anos atrás fui com uns amigos até Bordéus. Foi um misto de viagem de lazer e trabalho. Para mim e outro amigo, que a partir de agora chamarei TOINO (não sou eu garanto), foi mais lazer. Para outro amigo era só trabalho. Mas para este caso isso não importa.

Estou a relembrar-me e a escrever pois nessa pequena viagens aconteceu algo que me fez eclodir uma boa série de percepções intuitivas sobre vários assuntos co-relacionados: consciência, concentração, emoções, mente, viagens astrais…

O caso foi assim.

O TOINO tinha-se apaixonado fortemente pouco antes. A coisa estava bem intensa. Naquela fase do: anda ou não para a frente?! Na altura eles estavam separados pois ela estava fora do país a trabalho. Ele de férias. Tudo ainda muito fresco e promissor. Todos sabem como isso costuma ser tão intenso e excitante…

Enfim, lá fomos para Bordaeux…Estávamos já em Bordéus, entretidos entre conhecer a cidade e resolver alguns afazeres e contratempos relacionados com o motivo da viagem, quando a certa altura entendi!

O TOINO simplesmente, não estava lá! A cabeça dele estava 99% com a sua recente paixão. A maior preocupação dele era encontrar um netcafé para poder comunicar com la bela donna! E mesmo já tendo falado continuava a viver nesse mundo astral (emocional). Simplesmente pensava nela. Várias vezes falei com ele e nem deu por isso. Estava abstraído. Mas não distraído! Estava absolutamente concentrado. Concentrado nela. Em tudo o que estava relacionado com ela. Neles. Percebi que para ele estar em Bordéus ou no Brasil seria quase igual. Ele vivia no mundo mental e emocional, onde as barreiras do tempo e espaço se diluem, tudo se expande e tudo é possível. Nesse mundo ele podia estar junto da sua paixão. Tudo o resto era menor. Insignificante.

Lembrei-me de mim mesmo, que também já vivi isso. Acho que todos já vivemos isso em diversas situações. Naquele momento relacionei muita coisa. Muitos casos. Relacionei tudo isso com a pratica do Yôga e o estudo que o acompanha. Percebi perfeitamente o Bhakti Yôga, e mais uma quantidade de coisas relacionadas. Foi muito bom. Muito interessante. Só por isso já teria valido a distância da viagem. Depois desse momento aproveitei para observar o fenómeno mais atentamente e compor ainda melhor as coisas na minha cabeça.

Na viagem ele veio a dormir. Certamente a sonhar (viagem astral não controlada…hehehehe) com o regresso próximo para os braços da sua ninfa.

É bela a paixão!

Lembrei-me disso agora por causa disto do mns, do blog, da net, etc.

Muitas vezes estamos longe fisicamente, mas isso cada vez mais significa menos! A nossa consciência é muito mais ampla e transcende o físico. Ás vezes vamos para longe porque convém, ou até para deixar algo para trás, tipo fuga. Mas isso não dá resultado. A mente e as emoções tanto nos libertam como prendem, e nos mantêm ligados ao que fomos e deixamos distante. Tanto nos Unem e integram como nos iludem e alienam. E não é tudo só uma questão de perspectiva? E com todas estas novas possibilidades de comunicação ir para longe não distância necessariamente as pessoas. Seja por gosto ou necessidade vimos a net partilhar, comunicar, manter e até estimular as ligações.

Enfim…

Espero que estejam todos bem

António Matos