Inimigos irmãos
Dinâmicas imparáveis
Um dos fenómenos que menos aprecio nas coisas em geral, e naquelas de que faço parte em especial, são as tendências devocionais que rapidamente se encaminham para fanatismos sectários e antagonizantes.
Mas ainda pior do que os fanatismos PRÓ alguma coisa, são os fanatismos ANTI. Os que se geram contra e para destruir e combater outras coisas e pessoas.
Pior ainda é quando esses ser anti, o são anti mim! Aí sou obrigado a escolher um mal menor. Mas ainda assim um mal!
E o pior é que essas forças formam uma dinâmica antagónica que se alimenta e reforça mutuamente, como se a Vida gosta-se da fricção e alimenta-se equilíbrios que mantenham as oposições. Oposições que parecem surgir e ser tanto maiores quanto menos óbvias e desejadas são (por exemplo: religião X ciências; entre marido e mulher; entre clubes quase iguais; numa simples discussão em que as partes pensem e querem quase o mesmo, mas não resistem a gladiar argumentos cada vez mais afastados; etc.).
No fundo, as partes querem aproximar-se, compreender-se e integrar-se. Mas são egoístas. Logo querem que a aproximação seja uma aproximação a si. Aos seus pontos de vista. Ás suas verdades. Aos seus desejos e intentos. Assim, a dinâmica antagónica começa por quase nada e logo os egos começam mutuamente a tentar aproximar a outra parte para o seu lado. Em pouco tempo estão cada vez mais afastados, com cada lado mais para o lado em que está continuamente a querer influenciar a outra parte! Paradoxal…
Caso se formem forças para combater a dinâmica dualista, ambos os lados se unem a combatê-las, para que depois possam voltar a brigar como deve ser! A força contra a dinâmica é a mais rápida e facilmente absorvida pela própria dinâmica. E acaba por reforçá-la.
Mas, se nada fizermos, mesmo que seja para não alimentar-mos a guerra, isso que não queremos cresce à mesma.
Depois dessas coisas começarem não é fácil pará-las. Mesmo se já ninguém se lembre porquê começou! Na maioria das vezes não há volta a dar-lhe.
O que tem de ser tem muita força!
António
Um dos fenómenos que menos aprecio nas coisas em geral, e naquelas de que faço parte em especial, são as tendências devocionais que rapidamente se encaminham para fanatismos sectários e antagonizantes.
Mas ainda pior do que os fanatismos PRÓ alguma coisa, são os fanatismos ANTI. Os que se geram contra e para destruir e combater outras coisas e pessoas.
Pior ainda é quando esses ser anti, o são anti mim! Aí sou obrigado a escolher um mal menor. Mas ainda assim um mal!
E o pior é que essas forças formam uma dinâmica antagónica que se alimenta e reforça mutuamente, como se a Vida gosta-se da fricção e alimenta-se equilíbrios que mantenham as oposições. Oposições que parecem surgir e ser tanto maiores quanto menos óbvias e desejadas são (por exemplo: religião X ciências; entre marido e mulher; entre clubes quase iguais; numa simples discussão em que as partes pensem e querem quase o mesmo, mas não resistem a gladiar argumentos cada vez mais afastados; etc.).
No fundo, as partes querem aproximar-se, compreender-se e integrar-se. Mas são egoístas. Logo querem que a aproximação seja uma aproximação a si. Aos seus pontos de vista. Ás suas verdades. Aos seus desejos e intentos. Assim, a dinâmica antagónica começa por quase nada e logo os egos começam mutuamente a tentar aproximar a outra parte para o seu lado. Em pouco tempo estão cada vez mais afastados, com cada lado mais para o lado em que está continuamente a querer influenciar a outra parte! Paradoxal…
Caso se formem forças para combater a dinâmica dualista, ambos os lados se unem a combatê-las, para que depois possam voltar a brigar como deve ser! A força contra a dinâmica é a mais rápida e facilmente absorvida pela própria dinâmica. E acaba por reforçá-la.
Mas, se nada fizermos, mesmo que seja para não alimentar-mos a guerra, isso que não queremos cresce à mesma.
Depois dessas coisas começarem não é fácil pará-las. Mesmo se já ninguém se lembre porquê começou! Na maioria das vezes não há volta a dar-lhe.
O que tem de ser tem muita força!
António
1 comment:
Imimigos?
Isso e uma corruptela de amigos+inimigos?
eheheh
Realmente, que mal tem o egoismo?
Acho mt saudavel que cada individuo se veja a si mesmo como o juiz de si mesmo e veja o seu bem estar como o ponto mais importante da sua vida....
Caso contrario entramos em filmes obscenos...
eheheheh
L
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