Momentos
Only a surfer…
Dia frio e escuro. Entro e a água está tão agradável como esperava. As ondas parecem boas, no seu metro e meio potente. Faço umas quatro, nada de especial, mas bem melhores que o sofá, como sempre.
O vento aumenta e de repente o mar perde a lisura. Não está de tempestade mas parece. Rajadas acompanhadas de chuva tão forte que é difícil manter os olhos abertos. O céu que estava escuro agora está totalmente negro e parece que vai desabar sobre nós. Na calçada da cidade já quase não se vê vivalma. Os poucos resistentes tentam não perder o chapéu-de-chuva que ameaça voar com a agitação.
Nesse momento, algures no meio das espumas brancas de ondas que passaram e passarão, sinto-me absolutamente especial por estar ali e pertencer a esta tribo. O contemplar de uma tempestade sem sentir necessidade de dar a debanda. Somente aceitá-la e até contemplá-la, de um ponto de vista que só os marítimos podem.
Não faz sentido para mais ninguém estar dentro do mar todo molhado em circunstâncias tais. Mas para um surfista não é de todo desagradável. Pode até ser exclusivo. Vulnerabilidade e integração. Um prazer próprio de quem se entrega aos elementos.
Saio passado algumas ondas mais. Satisfeito.
“Only a surfer knows the feeling”
Dia frio e escuro. Entro e a água está tão agradável como esperava. As ondas parecem boas, no seu metro e meio potente. Faço umas quatro, nada de especial, mas bem melhores que o sofá, como sempre.
O vento aumenta e de repente o mar perde a lisura. Não está de tempestade mas parece. Rajadas acompanhadas de chuva tão forte que é difícil manter os olhos abertos. O céu que estava escuro agora está totalmente negro e parece que vai desabar sobre nós. Na calçada da cidade já quase não se vê vivalma. Os poucos resistentes tentam não perder o chapéu-de-chuva que ameaça voar com a agitação.
Nesse momento, algures no meio das espumas brancas de ondas que passaram e passarão, sinto-me absolutamente especial por estar ali e pertencer a esta tribo. O contemplar de uma tempestade sem sentir necessidade de dar a debanda. Somente aceitá-la e até contemplá-la, de um ponto de vista que só os marítimos podem.
Não faz sentido para mais ninguém estar dentro do mar todo molhado em circunstâncias tais. Mas para um surfista não é de todo desagradável. Pode até ser exclusivo. Vulnerabilidade e integração. Um prazer próprio de quem se entrega aos elementos.
Saio passado algumas ondas mais. Satisfeito.
“Only a surfer knows the feeling”
1 comment:
Eu quero!
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