6.10.05

continuaçao



Do macrocosmo ao microcosmo

Esta mesma análise se pode aplicar num nível mais restrito. Ás pequenas sociedades. Entre amigos, familiares, colegas, etc.

Nomeadamente quanto ao politicamente correcto e à diplomacia. Ou falta dela.

O que há de errado em ser diplomático? O que há de errado em procurar consensos por aproximação e com alguns cuidados? Nada.

Não se trata de ser fraco ou passivo. Nem de “dar a outra face”. Antes pelo contrario. Trata-se de dar exemplos e, se necessário respostas, mantendo o respeito e a elegância não cedendo nos próprios princípios. Dar a bofetada mas “de luva branca”, sem perder a compostura e até a graça.

È muito fácil ser exibicionista e criar polémicas para chamar a atenção. É especialmente interessante para quem procura reconhecimento e ganhar plateia. Mostrar que se é diferente e extraordinário. Ser carismático, corajoso e autêntico nos fundamentalismos…

É especialmente fácil e interessante para quem não tem grandes responsabilidades. O individualista e egoísta que nada tem, e nada tem a perder. Antes pelo contrário. Só promove o bem essencial para si: o seu ego.

Mas para quem valoriza a vida em sociedade, e nomeadamente o bem-estar da família e amigos, e se importa com eles, não é fácil ser tão fundamentalista e espontâneo. As coisas têm consequências, não só para nós mas também para os outros. E principalmente para aqueles de quem gostamos e que gostam de nós. É muito fácil prejudicar o que e quem mais queremos em prol da “força da verdade”, do ser espontâneo, do livre…

Ás vezes é preciso conceder. Ou, pelo menos, criar outra forma de ser…

E isso não significa que deixemos de ser nós mesmos, nem menos livres, reais ou vivos do que qualquer outros. Antes pelo contrário.

No comments: