Voltaram a estar em voga as teologias da libertação. Movimentos místicos e espirituais de salvação. A libertação em Deus e para Deus. Ou suas encarnações…
Na realidade não é algo exclusivamente "religioso". Na politica, e suas ideologias, é algo omnipresente. Até em empresas e outras realidades.
No mundo do Yôga, muito antigo, é um fenomeno simples e profundo. Na maioria dos casos dispensa-se a teologia. Fica-se directamente com a libertação.
Libertação pela libertação!
Liberdade, libertação, libertadores…
E o que é essa liberdade?
R: um grande nada! E como qualquer outro nada cabe lá tudo.
Tudo o quê? As insatisfações pelos condicionamentos, limitações e exigências da vida e do ego. Não aguentamos. Temos de transcender, ir mais além, preencher o vazio.
A liberdade é o mais simples dos intangíveis, a mais encantadora ilusão.
E o que seria a vida sem um pouco de sonho? E um sonho com tantos adeptos…
Alguns são tão obcecados que se convencem profundamente da sua própria obsessão! E gritam alto, tão alto como o seu desespero. Ou esperança, como parecem preferir.
E o grito faz eco, ressonando no mesmo vazio cheio de insatisfações dos outros. E juntam-se. Unem-se. Apoiam-se. Os menos convictos seguem os mais crentes, que são sempre os próprios doutrinadores, e que assumem o papel de libertadores.
E nesse processo fazem revoltas, com guerras e tudo, e até se impõem ditaduras. Sempre em nome da salvação e da liberdade! Da salvação, na e pela liberdade.
Liberdade Liberdade! Salvação! Fantástico!
E no fim ficou tudo ma mesma e repete-se tudo outra vez.
Ora, convenhamos… nada há a salvar e a libertar!
Libertem-me das salvações! Salvem-me das liberdades!
Só quero viver. Realizar-me neste mundo. E espero que a minha realização pessoal não seja nem perseguição de uma utopia e muito menos uma sua pseudo concretização!
Cruz credo!
(Yôga é uma tomada de consciência. Se isso é "libertador", ou não, é a verdade da qual cada qual tem consciência...)
4 comments:
Vê o filme "What the bleep do we know"
É excelente
Mas vê mesmo
Esse filme é recomendado e visto na Uni-Yôga desde há um ano atrás...
Vi em São Paulo quando estava lá a fazer estágio.
Tenho uma cópia.
É muito bom mesmo.
Vê no arquivo de 06/01/2005
Nem mais... É engraçado que li o texto sem reparar na imagem inicial e a primeira coisa que me veio à cabeça foi o mesmo... :)
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