12.8.06

Diário de uma vida banal...

48 horas de mais um Verão...

Episódio 1- Descanso merecido entre amigos e família

Uma animada conversa sobre filosofices com um amigo que inesperadamente apareceu e ficou. Uma outra conversa mais amena, tão rara, sobre vários assuntos nos quais concordamos em quase tudo! Ainda mais raro! Umas horas de sono num quarto e cama sozinho! Ainda mais raro…

Ia tudo tão bem!

Episódio 2- É fácil encontrar o paraíso

O meu amigo acordo-me, mais tarde que o previsto, mas ainda cedo o suficiente para uma surfada matinal! É bom ter amigos assim!

Lá fomos á Praia do Norte que neste dia não estava num dos seus famosos dias de ondas gigantes e assustadoras. Estava pouco mais de meio metro nos "sets", lá bem para o fundo da praia, naquela parte que já só se vê mar e dunas. Pouca gente. A agua transparente esverdeada. A luz brilhava na areia do fundo. Estava muito bom estar ali. O cenário era lindo e o prazer intenso. Comecei a sentir-me muito bem, como tantas outras vezes me senti em situações parecidas nestas praias desta mesma Costa azul! Por momentos deste calibre vale a pena viver e enfrentar muita coisa.

A vida é bela, gritava eu por dentro.

Episódio 3- Um equivoco da merd##!

Episodio 4 – Cowboy do asfalto versão Antonina

Meia hora depois do episodio 3 ter terminado já estava em exibição o episódio 4.

De novo em marcha na estrada para resolver problemas de outros.

Sim, porque problemas, perguntas, nãos, queixas, pedidos, exigências, direitos, criticas, destruição e negatividade em geral é o que de mais comum a maioria das pessoas tem para contribuir neste mundo. Já dar, construir, sim, deveres, respostas soluções e resolução efectiva dos imbróglios da vida é coisa rara que escasseia em quase todos…

Cenário: EN nº1, cruzamento com semáforo na subida da Azóia a chegar a Leiria.

Para abreviar. Não respeitei as regras de trânsito em Portugal. Como se sabe aqui, ao ver o sinal amarelo e perceber que não dá para passar antes do vermelho, acelera-se! Eu resolvi parar! Sou burro mesmo. Nesse entretanto um camião TIR que vinha na faixa ao lado, resolveu mudar de faixa para ultrapassar outro camião e veio na minha direcção em pleno fôlego! Quando me viu a para já só teve tempo de simular uma tentativa de abrandar. Eu vi-o pelo retrovisor (nunca vi o símbolo da Scania tão grande!) e mais me pareceu a um comboio desgovernado a vir na minha direcção. Só tive tempo de soltar o pé do travar e esperar o impacto meio segundo depois. BUUMM! Foi tão forte e rápido que nem me lembro dele. O carro deslizou a grande velocidade 100 metros recta acima até eu o parar contra a berma. O meu pescoço já denotava ter feito um grande esforço, e o meu banco estava todo para trás. O carro tinha 40 cm a menos. Pareceu-me estar tudo bem!

Quando percebi que estava vivo sai e fui resolver a questão! Pormenor: não tinha nenhum documento pessoal (roubados dois dias antes em Lisboa), estava de chinelos (ilícito), não tinha telemóvel nem sabia números das pessoas a quem devia ligar. E a minha mãe estava em Leiria a minha espera pois tinha acabado de chegar de um voo intercontinental! Mas uma hora depois a mãe já estava em casa, e eu tardei nem duas horas a resolver tudo, encaminhar o carro para a oficina, e ir para casa tomar um banhinho refrescante que nessa altura me pareceu um presente do céu!

"Instabilidade é a minha essência diz a roda…"

Shiva me livre!

Episódio 5 – À volta da mesa tudo se resolve

Já me casa, com comidinha, família, amigos e companheira tudo se recompôs num agradável serão, com direito àquela vista maravilhosa que a Nazaré proporciona á noite.

O sono prometia ser recompensador e pôr-me de novo em forma para no dia seguinte repetir tudo de novo!

Episódio 6 – A Vida é bela de novo

Pequeno almoço na melhor varanda que conheço: na Nazaré. Ainda cedo cheguei á praia. Estava muito agradável. Caminhei um Km pela berma e vi-me no meio de uma das paisagens mais bonitas que as praias portuguesas têm para oferecer. Sem casas, sem gente, dunas altas e baixas e um mar verde claro transparente com agua quase morna. Comecei a ouvir só o som da minha respiração e dos meus passos. Parei sentado a comtemplar e ouvi o meu coração. Vi umas ondinhas pequenas e muito divertidas até á beira. Entrei sem fato e sem cordinha. Duas horas da surfada mais divertida que tive nos últimos anos. Mais de 20 ondas, algumas até cravar as quilhas na areia. Lindo. Com a maré cheia demais larguei a prancha e fiz bodysurf no shorebreak durante mais uma hora, ao sabor da corrente. Lindo. Já não me sentia tão absolutamente satisfeito e realizado há bastante tempo. Memórias dos verões dos anos 80 quando os meus dias de verão era puros. O máximo tempo na praia com os amigos. O maior numero de "carreirinhas" possível. O bronze mais bronze que se conseguisse. Ir para casa só depois do por do sol mais bonito do mundo, atrás da Pedra do guelhin, na Nazaré.
Bons tempos. Hoje voltou a ser assim.

Aleluia!

Diria que o dia estava a ser perfeito. Diria. Mas não posso dizer, pois, talvez por não mais ser criança, não consegui evitar ouvir-me a mim mesmo pensar: "o que raios me passará hoje á tarde?!?"

Episódio 7 – Um epilogo sem fim!

Posso dizer o que se passou a seguir. Mais praia e casa. E principalmente não se passou absolutamente nada de interessante e importante. Quer era precisamente o que eu queria.

E amanhã?

4 comments:

Jorge Ventura said...

Credo!Bem precisas de férias.....
Aquele abraço

Simão said...

Por onde andas pá?

A ver se combinamos algo. Manda-me uma mensagem ou liga-me

Abraço

Continuação de boas aventuras...

António said...

Estou bem sim senhor. Muito obrigado. Até a dor no pescoço e abdominais ja está a aliviar....rsrsrrsr

Fériaaasss!!!

O que eu queria mesmo era umas férias de mim mesmo em particular e da vida em geral!!! Mas, á falta de tanto, estas também não estão mal...

Abraço aos amigos...

Anonymous said...

POR MINHA CULPA..MINHA TAO GRANDE CULPA E PARA REMISSAO DOS MEUS PECADOS VENHO ATRAVES DESTE COMUNICADO AFIRMAR :

1.NAO SOU NEM NUNCA FUI UM PULHA PIDESCO!

2.NAO DESEJO BEM A MIM NEM MAL AOS OUTROS.

POR MINHA FE,

ALUISKIN BABAR FERNANDES