Calexico e o inglês dos espanhóis...
Calexico
Na semana passada fui ver os Calexico, que actuaram aqui, numa pequena mas histórica sala de espectáculos chamada Albeniz, onde vi os Gift o ano passado.
Supostamente são da Califórnia e juntam uns sons “calientes” do mexico, daí Cal+éxico. Na prática os membros do grupo são um pouco de todo o mundo. E o som é bem bom. Têm tantos instrumentos que não cabiam todos no pequeno palco! Mas, ao contrário de muitos outros, não se perdem no meio de tantas opções. A música é boa e os gajos são fixes. Assim ao estilo “américa simples e clean”, com alguns ideais sobre o clima e tal.
A música é boa, mas o concerto foi fraquinho! E foi fraquinho pelo mesmo motivo que o concerto dos Gift também o foi. Porque os espanhóis, em geral, não entendem quase nada de inglês! E a música pode ser boa, mas são as palavras que despoletam a emoção, e se não entendes as letras e não fazes a mínima ideia do que estão a tentar transmitir! Enfim, cheguei a pensar que os gajos da banda sabiam mais de castelhano que o publico de inglês! A verdade é que assim é difícil aquecer…
É engraçado perceber, mais uma vez, que tudo tem o outro lado!
Nós, portugas, vivemos num país com pouco amor próprio, onde não defendemos muito do que somos (ou éramos) culturalmente, e estamos preste a ser absorvidos completamente por brasileiros e americanos em definitivo. E esse é também o lado bom. É que assim também nos é mais fácil aceder e integrar-nos nessas fortes potencias económicas e culturais. Enfim, ganhamos e perdemos. Para mim que sou pró globalização é um nítido ganho. E neste caso é nítido, ganhamos.
Os espanhóis, por vários motivos compreensíveis, são mais aguerridos é sua língua. E por isso mesmo estão mais fechados nela. Presos mesmo. Os êxitos aqui fazem-me lembrar muita a Ágata, e passam vezes sem fim, com enorme êxito nas rádios, que aliás são péssimas, também por esse motivo. E os filmes e séries são todos dobrados, ou seja traídos pelos dobradores, aos quais não tive mais remédio que acostumar-me. Enfim, é fácil perceber como é que em Gijón, que só tem 300 mil habitantes há mais de 30 escolas só de Inglês! E mesmo assim não entendem nada!
No concerto, por um momento fiquei a perceber porque o público português é tão bem considerado pelas bandas estrangeiras. Talvez seja real, e não apenas um comentário simpático que fazem em todo lado!É que nós entendemos o que eles dizem, e reagimos, ajudando realmente ao brilho do concerto.
Na semana passada fui ver os Calexico, que actuaram aqui, numa pequena mas histórica sala de espectáculos chamada Albeniz, onde vi os Gift o ano passado.
Supostamente são da Califórnia e juntam uns sons “calientes” do mexico, daí Cal+éxico. Na prática os membros do grupo são um pouco de todo o mundo. E o som é bem bom. Têm tantos instrumentos que não cabiam todos no pequeno palco! Mas, ao contrário de muitos outros, não se perdem no meio de tantas opções. A música é boa e os gajos são fixes. Assim ao estilo “américa simples e clean”, com alguns ideais sobre o clima e tal.
A música é boa, mas o concerto foi fraquinho! E foi fraquinho pelo mesmo motivo que o concerto dos Gift também o foi. Porque os espanhóis, em geral, não entendem quase nada de inglês! E a música pode ser boa, mas são as palavras que despoletam a emoção, e se não entendes as letras e não fazes a mínima ideia do que estão a tentar transmitir! Enfim, cheguei a pensar que os gajos da banda sabiam mais de castelhano que o publico de inglês! A verdade é que assim é difícil aquecer…
É engraçado perceber, mais uma vez, que tudo tem o outro lado!
Nós, portugas, vivemos num país com pouco amor próprio, onde não defendemos muito do que somos (ou éramos) culturalmente, e estamos preste a ser absorvidos completamente por brasileiros e americanos em definitivo. E esse é também o lado bom. É que assim também nos é mais fácil aceder e integrar-nos nessas fortes potencias económicas e culturais. Enfim, ganhamos e perdemos. Para mim que sou pró globalização é um nítido ganho. E neste caso é nítido, ganhamos.
Os espanhóis, por vários motivos compreensíveis, são mais aguerridos é sua língua. E por isso mesmo estão mais fechados nela. Presos mesmo. Os êxitos aqui fazem-me lembrar muita a Ágata, e passam vezes sem fim, com enorme êxito nas rádios, que aliás são péssimas, também por esse motivo. E os filmes e séries são todos dobrados, ou seja traídos pelos dobradores, aos quais não tive mais remédio que acostumar-me. Enfim, é fácil perceber como é que em Gijón, que só tem 300 mil habitantes há mais de 30 escolas só de Inglês! E mesmo assim não entendem nada!
No concerto, por um momento fiquei a perceber porque o público português é tão bem considerado pelas bandas estrangeiras. Talvez seja real, e não apenas um comentário simpático que fazem em todo lado!É que nós entendemos o que eles dizem, e reagimos, ajudando realmente ao brilho do concerto.
Senti-me tão bem de ter crescido naquele cantinho à beira do atlântico.
3 comments:
Portugal e o ioga é dos que pagam para o ter...
já desisti de pensar dessa maneira, temos que viver e sobreviver uns com os outros , seja que raça, religiao, musica, lingua , for...
Filicidades
É lindo, este cantinho, não é?
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