20.5.06

Poder do consciente colectivo!

(In)consciente colectivo!

Há cerca de uma não e meio atrás, estava em Donostia, dei a mim mesmo a desculpa que precisava de ler algo para me entreter e aprender o castelhano. E assim deixei de me reprimir com o preconceito contra o livro mais aclamado e polemizado dos nossos dias. E li-o! E gostei.

Antes estava preso no meu espírito de contradição e na irritação em relação á forma como as massas acudiam a esse livro e o liam como se uma nova bíblia se tratasse! Ainda me irrita.

Mas a verdade é que a história está bem conjurada. Apega a leitura, que aliás é fácil. É um bom policial. Com conspirações, morte, drama, acção, suspense e um enredo de implicações... bíblicas!

Entretanto já muito se falou. Já muitos turistas seguiram o rasto da história nos locais reais. Muito $$$ se movimentou e a euforia positiva em relação ao livro está a dar passo a um oceano de criticas, igualmente histéricas. Principalmente da chamada intlectuadidade (e a sua mania de querer doutrinar os outros com supostas “provas”)!

Aqueles que já tinham publicado algo a falar do mesmo invejam o facto de não serem eles a ter o destaque por tão bombásticas revelações. Os ditos eruditos, principalmente especialistas acadêmicos, invejam o facto do seu posicionamento consensual e clássico ser posto de parte e muito desvalorizado em relação á criatividade e ousadia de um romance! O povinho...bem o povinho é manada, e para dizer mal está predisposto!

Que culpa tem o Dan de ter feito um caldinho que, no local certo no momento certo, se tornou um mega-sucesso e uma polémica de tamanho apocalíptico? Deveria renunciar ou minimizar o seu sucesso? O sucesso tem á partida condenação assegurada pelo julgamento da inveja. Isso é certo.

Bem, a história da Maria Madalena não tem nada de novo. Historietas mil... E o “sagrado feminino” idem. Isso aplicado a Cristo é novo para mim. A história da linhagem de sangue parece-me menos interessante. Para quem me quer vir doutrinar com as suas “provas” a favor ou contra eu digo: vão para a p.q.p.! O enredo de acção está bastante bom.

Querem flipar com o livro , flipem!

Mas eu deixei de resistir ao consciente colectivo há já bastante tempo.

E assim, ontem fui ver o filme, na estréia! E gostei. E sugiro.

Chamem-me fraco, chamem-me manada. E sou...

(Ainda assim, resisto, com orgulho, a outro fenômeno de massas histérico: Amélie Polin. Urgghhhhhh! (de nojo))

4 comments:

Sonia Ferreira said...

A esse fenómeno eu (ainda) consegui resistir (até ver)! Já, por diversas vezes, fiquei outside em conversas monossilábicas "ha ha sim pois claro"... a última vez que me tinha sentido assim foi na época do Big Brother, que eu me recusada a ver aquela m**** e depois sentia-me extra-terreste no outro dia... porque não tinha visto o episódio anterior ARGHHH ... UFA, o que vale é que com a idade ficamos mais selectivos!
O último fenómeno em que me deixei levar e me enrolei completamente foi o do Harry Potter. Tive que ler quando saiu o primeiro, tinha que ver por mim o que é que o livro tinha de tão especial... e caí claro (também sou filha de Adão... fraquiiiiinha)... caí nesse e em todos os outros episódios que vieram a seguir. Só me deixei do cinema porque sempre perde toda a magia!
Resisti a ler o "código...", mas tenho a certeza que não vou conseguir deixar de não ir ver o filme... já agora não é?

MasterPeace Dude said...

Eu confesso que no início também estive a resistir ao livro, por causa da "manada"... depois de o "devorar", aconselho-o a toda a gente!

Sendo ou não da manada, considero o livro uma obra excelente! Seja pela sua boa escrita e argumento enquanto livro por si só, como pelos temas polémicos abordados.

De facto, mesmo apesar de serem poucas as realmente "novas" teorias, é muito interessante a forma como o 'rapaz' conseguiu estruturá-las e integrá-las de forma brilhante no livro.

Depois de ler o livro fiquei bastante entusiasmado por estudar/discutir muitos daqueles temas, não propriamente no sentido de "descodificar" o Código, como muitos se propuseram, mas no sentido de falar sobre cada uma das teorias em si (maria madalena, merovíngios, constantino, sagrado feminino, proporção divina/fibonacci, santo graal, arte simbólica, opus dei, etc.)

Eu definitivamente vou ver o filme, mas não vou com grandes expectativas... não vou há espera de surpresas, mas de confirmações (de imagens mentais, portanto).

Anonymous said...

Parece que em Cannes houve até risos ao ver o filme!

António said...

Franceses!

Decadentes, preconceituosos, intlectualóides...despreziveis!