28.12.04

FUJA DA FOFOCA!

Fuja da Fofoca!

Não adianta se iludir: é impossível evitar 100% das fofocas sobre você. Mas por quê?

Pare para pensar quantas fofocas você ouviu, leu ou fez hoje. Viu? Não? Então observe até o final do dia quantas vezes ela vai cruzar o seu caminho... A fofoca é uma compulsão humana.

Esse é o passatempo (e a profissão) de muita gente. Além disso, a fofoca existe ha milhares de anos e pasmem: tem até um pesquisador americano, Frank McAndrew, que diz que ela é um instinto, e que foi essencial para a evolução da nossa espécie...

Porém, não são poucas as pessoas prejudicadas diariamente por esse hábito. Se nós, simples mortais, sentimos muitas vezes o peso do falatório, imagine só as celebridades.

Pois é, os famosos são os maiores alvos da fofoca em grande escala. A mídia tem seus maiores índices de venda e de audiência quando o assunto é falar sobre a vida alheia.

Portanto, quanto mais popular, mais difícil se livrar das maledicências. A Sandy, (artista de grande sucessoo no Brasil) por exemplo, não pode nem ir até a esquina que todo mundo já fica sabendo.

Fora as inverdades que pintam a todo momento invadindo e prejudicando a privacidade dessas pessoas. Mas, mesmo parecendo bastante difícil evitar, consultamos psicólogos e uma psicopedagoga para nos dar dicas de como se proteger da fofoca:

1- TUDO O QUE VAI, VOLTA: Você já ouviu aquela expressão: tudo o que vai, volta? Funciona mais ou menos como a 3ª lei de Newton: "Se um corpo A aplica uma força sobre um corpo B, este corpo B aplicará simultaneamente uma força de igual intensidade e direção, mas sentido contrário, sobre o corpo A". Parece conversa chata de professor, mas veja como faz sentido: se você fica falando sobre a vida alheia, abre espaço para que os outros falem da sua. Segundo ponto: as pessoas que estão ouvindo os comentários, sejam eles do bem ou do mal, vão pensar: um dia ela também pode falar de mim. E assim sendo, você vai acumulando antipatias...

2- NÃO FAÇA AOS OUTROS AQUILO QUE NÃO QUER QUE FAÇAM À VOCÊ: Quando for falar algo sobre alguém, ou ainda, quando estiver em uma roda e alguém começar a contar a ‘última’ pro pessoal, pare para lembrar das vezes que falaram sobre sua vida. Ponha a memória para funcionar e tente lembrar o que você sentiu. Raiva? Vergonha? Tristeza? Lembrar da sua própria experiência de sofrimento como alvo de fofocas evita fazê-las, além de dificultar que você volte a ser a vítima...

3- AFASTE-SE DO (DIZ-QUE-DIZ-QUE): O ouvinte da fofoca também é cúmplice. Se você não der ouvidos ao fofoqueiro, não haverá fofocas. Se perceber que se trata de uma fofoca, tente desviar o assunto para outro mais agradável. Questione o fofoqueiro(a) sobre as veracidades dos fatos e se ele(a) assumiria o que está sendo dito, e se falaria diretamente para a pessoa envolvida. Seja franca e transparente dizendo que não gosta de discutir estes assuntos sem todos os envolvidos estarem presentes, e sai fora da conversa. Lembre-se sempre de que um dia esta pessoa pode estar falando de você. É lógico que, quanto mais você se envolver em rodas e grupinhos que curtem uma fofoca, mais chance você tem de virar a ‘bola da vez’ e ter a vida pessoal exposta.

4- IDENTIFIQUE A AUTORA DAS (TRIANGULAÇÕES): Esse é um termo usado pela psicologia para nomear a famosa fofoca. Ter alguém com quem conversar é muito importante, mas preste atenção e conheça muito bem a pessoa que escolheu para abrir suas questões. Crie relacionamentos confiáveis e duradouros. Assim sendo, quem é que vai ter coragem para falar de você? É muito importante ser sempre uma pessoa transparente, sincera e amiga.

5- NINGUÉM É DE FERRO: Assim como é impossível erradicar a fofoca sobre você, também não dá pra viver sem se interessar pelo que acontece com os outros. Mas vamos combinar: antes de passar à frente um assunto, verifique a realidade dos fatos, cheque varias fontes de informação e sua confiabilidade. Se ela for do bem, e verdadeira, não há tanto problema em comentar.

O problema está nas más intenções e nas invenções. Verifique também se este assunto lhe diz respeito, se você perde ou ganha com ele. Este tempo para pensar muitas vezes faz você perder a vontade de falar.

6- USE A FOFOCA A SEU FAVOR: O que falam sobre você pode ser um feedback sobre suas atitudes e comportamento. Geralmente as fofocas são negativas, mesmo assim, analise o que está sendo dito. Você pode estar provocando este tipo de comportamento nas pessoas.

7- O MAIOR SOFRIMENTO PARA OS (AS) FOFOQUEIROS (AS) É SENTIR QUE O VENENO NÃO ENFRAQUECEU A VÍTIMA: Não alimente o que está sendo dito, seja se defendendo com justificativas ou partindo para agressão verbal ou física. Quem faz fofocas tem um poder de sedução sobre pessoas ainda mais inseguras que elas, portanto, se você der bola estará incentivando a fofoca. A polêmica faz com que o assunto fique mais interessante...

8- MORDA A LÍNGUA: Ser fofoqueira também pode ser como uma doença. Quanto mais fizer, mais fará, e pior é que será vista e classificada como tal. Se este é o seu caso, ao levantar, se comprometa em ficar algumas horas sem falar da vida alheia e quando esse prazo vencer, refaça o seu compromisso.

FONTES: Livro Tratado Geral sobre a Fofoca de José Ângelo Gaiarsa. Ed: Summus

CONSULTORIA: Marcos A Françóia, psicólogo Maria Olímpia Jabur Saikali, psicóloga Marta Ópice, psicopedagoga.

Texto retirado do site: http://www.festvale.com.br
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23.12.04

Boas Festas

Boas festas para todos.

Bom Natal.
Em especialmente para os que estão longe do país, dos familiares e amigos. Estão longe fisicamente, mas estão perto na mente e no coração. (Sim, também tenho o meu lado lamechas!heheheheheh)

Espero que neste próximo ano todos os vossos desejos e projectos loucos se concretizem.

Definam objectivos e mentalizem bastante e com concentração. Com sentimento e confiança.
A realidade tenderá a encaixar-se nos vossos desejos!
Construam a realidade que desejam.

Grande abraço para todos

António
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20.12.04

Camões

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Luís de Camões

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15.12.04

Crise!

Crise grave!

(Tony armado em analista económico!)

Portugal está a entrar numa crise grave. E parece-me que está para durar. E piorar.

Fala-se que tivemos dois anos de austeridade e que agora iria melhorar tudo outra vez. Essa análise parece-me errada. Não houve austeridade. Apenas estagnação económica e algum esforço do governo para não fazer a costumeira gestão esbanjadora. Tentaram fazer a contenção de gastos orçamentais que deveria ser normal e comum. Mas para nós foi excepcional!

Durante muitos anos expandimo-nos muito devido ao dinheiro vindo da UE. Os países mais ricos compraram-nos o mercado. A conjunctura internacional também ajudou. Crédito barato é sempre bom. Inflação baixa. Estabilidade politica. Liberdade para os agentes económicos. Etc. Tudo a favor. Todo esse “income” extraordinário resultou em grandes facilidades de crescimento ao qual nos habituamos mal. E o qual aproveitamos mal. Compramos muitos BMW , Mercedes e afins. Fizemos e compramos muitas casas. Descobrimos as férias e as viagens. Enfim, gastamos! Gastamos grande parte comprando bens de consumo a quem nos estava a “dar” o $. Também gastamos bastante a pagar a menor taxa de desemprego da Europa, com custos para a concorrência, produtividade e desenvolvimento económico em geral (em Espanha passou-se quase o oposto, e hoje é uma das economias mais pujantes do mundo! E o desemprego tem vindo a baixar…). Gastamos para manter alguma indústria já ultrapassada (sobretudo têxtil) a funcionar mais uns anos sem necessidade de se modernizar. Não planeamos e preparamos a globalização iminente.

Acho que não resistimos a gastar depois daqueles anos todos de miséria (económica e criativa, etc.) e não soubemos, ou quisemos, ou conseguimos investir. Investir para agora criar e produzir.

Gastamos até não haver mais. Que foi em para aí em 1998. Depois ainda continuamos mais algum tempo na loucura até esgotar as possibilidades de endividamento algures em 2000. E depois começamos este processo (retrocesso) agonizante, que me parece ainda não ter acabado.
Estamos a começar a pagar a factura da festa.

Resultado: crise.

O défice orçamental anda há anos nos limites aceitáveis, mas apenas devido ao recurso a receitas extraordinárias. E quando não houver mais nada de valor para privatizar? A economia não atravessava um período tão longo de estagnação desde a 2ª guerra mundial! Cresceu menos de 0,5% nos últimos quatro anos. Foi das vinte economias que menos cresceu em todo mundo. (Vi estes últimos dados no jornal de ontem, e tinham como fonte alguns dos mais conceituados economistas portugueses. Fiquei chocado ainda que não totalmente surpreendido).
A retoma da economia ainda vai demorar. E não é garantido que voltemos ao lento caminho da convergência económica com os países mais ricos.
Os governos não têm coragem de concretizar as tão faladas reformas estruturais (tantas vezes estudadas, anunciadas, publicitadas…) na A.P., na justiça, saúde, etc. É quase garantido que perderiam as eleições, se é que lá chegavam! Os agentes económicos não sabem com que contar, devido à instabilidade politica nacional e dos mercados internacionais. Ainda mais com os terrorismos vários, de Estado e os outros.

Não dá muito jeito que os E.U.A tenham feito uma guerra para controlar os recursos energéticos, e ainda por cima fazem-nos pagar a guerra através do petróleo mais caro. Foi boa jogada, para eles. Principalmente os proprietários das companhias petrolíferas e de armamento, que devem ser mais ou menos os mesmos.

Estamos totalmente dependentes dos outros. Da U.E.. Do preço do petróleo. Do eventual aumento das taxas de juro internacionais. Dos desequilíbrios das maiores economias do mundo. Do perigo de um abrandamento brusco da economia chinesa. São tudo factores de risco excepcionalmente alto para a economia mundial e de que estamos absolutamente dependentes . É rezar!

O mercado está cada vez mais aberto não só à U.E cada vez mais alargada e a leste, mas também aos E.U.A, china, Índia, etc. Não conseguimos competir.

O comércio está totalmente revolucionado. Quase todo dentro de novas e enormes catedrais do consumo. Quase todo Franshising de marcas estrangeiras. O comércio tradicional, de pequenos comerciantes independentes e familiares já está perto da morte oficial. Na prática já morreu só que ainda não avisaram alguns últimos distraídos.

Estaremos condenados a ser um país de empregados mal pagos? Com algum turismo de qualidade média aproveitando o Sol?

Ainda tenho uma esperança: as novas gerações, onde me incluo!

Não acredito que nós, a maioria com um grau de instrução académica elevado, nos conformemos em ser empregados mal pagos a fazermos trabalhos automáticos de pouca qualificação e sem criatividade e autonomia.

Deve vir aí desemprego do grande. Vamos ceder, emigrar (para onde?), ou dar a volta por cima tornando-nos empreendedores criativos, corajosos e competentes?

A ideia de emigração não me soa assim tão mal…

Enfim logo se vê.

Mas que isto está mal está. E vai de mal a pior!

E eu até costumo ser optimista.

António
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Alerta: tudo é relativo

Alerta: tudo é relativo!

Ás vezes hesito quando venho escrever no blog.

Muitos dos meus maiores erros foram falar demais e o que não devia. Falar demasiado aberto e solto.

Ao escrever para o blog escrevo para comunicar, partilhar. Partilhar com amigos principalmente. Mas também para reflectir e por as ideias em ordem. Ou simplesmente para pensar alto, para ver se faz algum eco. Até para desabafar, mesmo se para o infinito que é a Web. É uma espécie de falar barato, sem grande sentido ou objectivo. Escrever por escrever. Pensar por pensar. Acho que algumas coisas devem ter algum interesse, outras com certeza não terão nenhum. É simplesmente mais um espaço para existir. Um espaço no qual faço quase tudo o que quero e como quero.

No entanto, nada é inócuo e tudo acaba por ter consequências. E o que dizemos compromete-nos.

Ás vezes opino sobre algo que veio à baila, ou que até me foi solicitado. Já aproveitei para explicar algo que me pediram…

Acontece que tudo é relativo.

Cada um interpreta a realidade segundo a sua bagagem cultural. Segundo os seus preconceitos, os seus medos, consoante os seus objectivos etc. Quando as pessoas estão do contra interpretam tudo com o significado precisamente oposto ao que lhe queríamos dar. E, ás vezes, é conscientemente e de propósito, só para chatear. Outras vezes não é de propósito. Só não conseguem evitar ser do contra e lêem raciocinando já a contradizer! Por exemplo: lendo uma mesma entrevista cada um interpreta de uma maneira diferente. E, na maioria dos casos, cada um acaba por concluir o que já pensava, pois lê toda a entrevista procurando nela o que confirma aquilo que queria pensar sobre a pessoa e ou assunto.

Outro caso é o dos que se melindram com muita facilidade. Não se pode dizer nada que os contradiga, ou sugira pontos de vista diversos pois ficam magoados, ou até indignados. E logo contra-atacam, mesmo que não fosse para eles…Só aceitam conviver com o favorece os seus desejos. Acima de tudo temos grandes dificuldades em aturar ouvir alguma apreciação menos que elogiosa sobre nós próprios ou o que fazemos e sobre quem gostamos. Somos narcisistas, e mexe-nos com o ego. Mais: também chegamos a ficar melindrados se não falam de nós e sobre o que fazemos e dizemos. É sempre o ego. Se falamos é o falarmos, senão é por não falar! Se nada dizemos é porque não nos interessamos, se o fazemos arriscamo-nos a ser considerados agressivos…
Axioma: Só devemos discutir com já estamos plenamente de acordo!
E como é dificil estar plenamente de acordo com alguém seja sobre que assunto for!
A maioria das vezes que entramos em argumentação o que acaba por acontecer é cada parte entrar numa guerra de palavras, defendendo cada vez mais extremadamente os seus pontos de vista originais. O normal é produzir-se um afastamento. Só raramente acontece o contrário, não obstante as boas intenções.

Se somos convictos e firmes chamam-nos radicais e fanáticos. Se não somos agressivos ou exibimos problemas e tristezas acusam-nos de falta de sinceridade ou de sermos ocos. Se somos simples devemos estar esconder algo! Se falamos de coisas básicas e concretas é poruqe somos básicos! Se entramos por psico-feelings e estados emocionais então andamos confusos. Talvez a esconder algo, ou a falta de algo! Se julgamos não tínhamos nada que nos meter, mas se emitimos opinião sem julgar (ética e moralmente) ninguém acredita, pois ninguém imagina tolerância. Mais fácil imaginarmos logo um ataque. Etc.

Já cheguei à conclusão que a maioria das vezes as pessoas interpretam mal a tolerância. Interpretam como fraqueza. Quando perdoamos ou pedimos perdão por algo que eventualmente tenhamos feito de errado, a maioria das vezes isso é inconscientemente interpretado como é como se nos tivéssemos a admitir de algum pecado e a suplicar por causa de uma culpa pela qual é justo fazer-nos pagar... Se nos explicamos para ser entendidos é como se nos tivéssemos a justificar, como se necessitássemos de aprovação ou apoio, se estivéssemos diminuídos, permitindo maior pressão e exigência. Tudo visto como cedências permissivas, espaço para pisar. E sabe sempre bem bater no fraco que não riposta! E bate-se cada vez mais enquanto e na medida que ele deixa. Se pedimos alguma coisa a pessoa envaidece-se e faz-se difícil. Enfim. É delicado. Mesmo entre amigos, e mesmo que não haja $ e sexo envolvido(heheh)! Não sei se é instintivo, mas é difícil não aproveitar aquilo que nos parecem as fraquezas dos outros.

Ás vezes parece que tudo o que dissermos acaba virado contra nós. É como dar tiros nos próprios pés!

Falar ou não falar, eis a questão?!

Chego a pensar que o melhor mesmo é estar calado! Mas será isso inteligência ou medo? Provavelmente os dois.

Que se lixe!

Vou tentar sempre ser educado e usar do bom senso para não ferir aqueles de quem gosto. Principalmente familiares e amigos. Especialmente para não o fazer gratuitamente. A troco de nada, a não ser exibir egoistamente uma opinião, que, ao fim ao cabo, é o que mais faço por aqui.

Entendam o como quiserem. Não levem a mal. Dêem desconto. Com certeza eu tinha boa intenção e não queria dizer bem aquilo que entenderam. O sentido talvez fosse outro.
Por exemplo: tudo isto que acabei de escrever é também, e até em primeuro lugar , para mim mesmo...

Tudo de bom para todos.

António
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13.12.04

Refresh

O Blog foi sujeito a um pequeno REFRESH!

Já tem os Links.

Aos amigos que também tenham blog enviem o endereço e permissão para fazer o link.

Recomendo o Blog: Filhos da Revolução, cuja a organização é feita pelo amigo M (Sociólogo e outras coisas interessantes -LOL) . O Blog debruça-se sobre revoluções em geral: sociais, interiores, comportamentais, economicas, musicais, guerras etc. Tem alguns colaboradores conhecidos, nomeadamente conhecidos vocalistas de Rap e Hip Hop nacional... Se quiserem colaborar enviem textos para o coordenador através do e-mail que está no blog.

Como o blog não é de Yôga não incluirei quase nenhum link desse género. Provavelmente só alguns conectados com a Uni-Yôga... Não desejo tornar este blog algo de divulgação do Swásthya, ou até do Yôga em geral. Mas também não é assunto tabu!

Desde já me desculpem os erros ortográficos, gramaticais e outros que venham a ocorrer pois tenho notado que estou a escrever pior que nunca, nesse aspecto!

Abraço a todos

António Matos
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11.12.04

Inspiração e Orientação

Um Mestre de Yôga – Orientação e inspiração.


(Sobre o sentido e necessidade de ter um Mestre para trilhar caminho filosófico do Yôga.)

Os Shástras tendem a indicar que o Yôga deve ser praticado (vivênciado) sob orientação de um Mestre.

A prática aumenta a força e poder do praticante. Se esta não for e canalizada para a auto-superação, para a transcêndência do próprio ego-personalidade, para uma consciência expandida e mais lúcida, acaba por reforçar ainda mais esse complexo ego-personalidade no sentido de um ainda maior egoísmo. O praticante pode perder-se na aventura dos siddhis, ou em delírios subconscientes, que confunde com a tão ansianda libertação hiperconsciente. A evolução é sempre interior e subjectiva. É feita de subtilezas cada vez mais subtis! É fácil ceder aos anseios do próprio ego (sobrevivência, reconhecimento, prazer, etc), e justificarmo-nos a nós proprios com necessidade de liberdade. Liberdade limitada e ilusória. Libertinagem do próprio ego na realidade. Lidar com o ego não é fácil. Não é fácil lidar com o nosso e nem com o dos outros. E eles estão todos ligados interferindo sempre uns com os outros. Não é fácil controlar os processos evolutivos, nem sequer condicioná-los educando-os. A tudo isso o ego resiste. Mas isso é Yôga. Disciplina, transcendência, lidar com as limitações e tendências do ego...

Em todo esse simples mas nem sempre fácil processo um Mestre tem um papel fundamental. Um Mestre e todos os que nos rodeiam e que connosco partilham a vida mais proximamente. Especialmente os outros instrutores e colegas com quem praticamos, a família, entes afectivos, amigos, e os média em geral. Todas essas influências vêm em conjunto e quase nunca num sentido comum. As influências são diversas e contraditórias, o que cria conflitos internos em todos nós, quando nos obriga a fazer escolhas, já que não podemos fazer e ter tudo e todos ao mesmo tempo. A questão não é a de ter ou não ter Mestre e influências externas. Elas são inevitáveis. A questão é simplesmente a de escolher ou não caminhos a trilhar e influências primordias para nos orientarmos e concentrarmo-nos numa realidade que é infinitamente diversa e dispersiva.

Ao escolher um Mestre estamos a fazer uma escolha. Estamos a eleger uma influência acima de todas as outras. Entre as muitas e diversas influências vamos dar mais importância aos conhecimentos de um Homem, no qual reconhecemos a competência para nos orientar. Entre as muitas possibilidades de agir que existem escolhemos deliberadamente dar mais importância à perspectiva que aquela pessoa expõe.
É uma relação de identificação e confiança.

É a identificação que nos faz escolher aqueles de quem queremos estar próximos. Queremos ser como eles, ou já somos. Dessa identificação de fins e meios nascem as uniões. Neste caso a União de um discípulo com o seu Mestre e vice-versa. Identificação quanto aos fins (Liberdade, Sámadhi, divulgação e dignificação do Yôga, defesa dos seus praticantes e profissionais, etc) e quanto aos meios (métodos: de Yôga, didáticos, profissionais, etc).

Sem essa identificação a união entre Mestre e discípulo não existe ou desfaz-se. É uma relação de plena liberdade de ambas as partes. Talvez a mais livre de todas, já que basta uma das partes não querer continuar e ela dissolve-se instântaneamente, ou nem chega a existir.

É também uma relação de confiança, pois o discípulo pede orientação pois conclui que o Mestre, pela sua experiência, conhecimento e por tudo aquilo que já alcançou tanto interiormente como externamente, está capacitado para ajudar o discípulo a também ele alcançar tudo isso com o qual se identifica e também quer.

As formas como os Mestres ajudam os seus discípulos são também múltiplas. Dependem do Mestre e de cada discípulo. E de cada momento e situação. A maioria usa todos os meios que sabe e pode. Mas o principal veículo desse processo é a inspiração. Ao inspirar (literalmente) trazemos o mundo para dentro de nós, assimilando-o e tornamo-nos também nesse mundo. Ao observarmos o Mestre inspiramos e ganhamos força. Ganhamos vontade de ir em frente e enfrentar as dificuldades, pois percebemos no seu exemplo de vida que vale a pena trilhar o caminho.

A relação (opcional) entre Mestre e discípulo nem sempre é fácil, da mesma forma que nem sempre é fácil gerir as relações entre pais e filhos, ou entre parceiros afectivos, ou entre amigos, ou qualquer relação... Às vezes as relações são mais afectivas, outras vezes mais profissionais. Umas vezes quentes outras frias. Às vezes mais próximas outras mais distantes. Ás vezes incompreensão outras vezes uma grande partilha e cumplicidade. Flutuam, como a própria vida. Mas existem sempre e apenas se ambas as partes o desejarem.

No meu caso DeRose não é apenas o meu Mestre de Yôga. É também líder. Líder de uma organização de que voluntariamente faço parte e que visa divulgar, dignificar e perpetuar o Yôga em geral e especialmente o Dakshinacharatantrika Nírishwarasámkhya Yôga.
Como em qualquer orgamização há regras, ordens, hierarquias, etc. Como tudo é de filiação voluntária e livre não agride viver nos condicionalismos comuns de estar dentro de uma instituição. Alguma insatisfação e desssintonia basta cada um seguir livremente o seu caminho.

Muito mais haveria a dizer sobre um Mestre de Yôga.

Muito mais há a dizer sobre o Mestre DeRose, que é tudo isso e muito mais para mim.

Mas por agora chega.

Cada um vá escolhendo o seu caminho, no respeito pelas escolhas dos outros.

Todos os caminhos vão dar a todo lado, mas ninguém os trilha a todos.

António Matos
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10.12.04

Lamúrias

Todos temos dias bons e dias maus. Acertos e enganos. Sucessos e insucessos.

Hoje estou num dia daqueles...E vou descarregar. Nos outros!

Na quarta feira fui ver o Filme "Alexander", do OLiver Stone(d).
Péssimo.
Gosto muito do cinema do Oliver. Adoro épicos, especialmente épicos históricos. Curto o mito histórico de Alexandre o Grande.
Mas este o homem devia estar mesmo StoneD. Algo correu mal.
Não curti a interpretação da história, nem a abordagem, nem a forma como foi apresentada. Pior foram os actores escolhidos e as suas interpretações. Pensava que o Val Kimer seria o Alex...
Entretanto já descobri que, desta vez, esta minha opinião é muito generalizada. Tarde demais!

Já que estou numa de mal dizer.

Os Xutos. OS XUTOS! Os grandes.
Este último album, pelo menos o que eu ouvi, é inacreditável! "Aí que ele cai, vai-se partir..." !!!!!!!!!!!!!!!! Por Shiva!
Sou grande fã dos Xutos , e claro que eles merecem toda a tolerância.

Todos o sgrandes também têm os seus tristes momentos...

Desculpem esta rabugem.

António
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3.12.04

Portugal já não é português

Portugal já não é português!

Somos um país com cada vez menos identidade.

A pouca que temos está em vias de extinção.

O que nos distingue, pessoas e seus grupos, é a conjugação de pequenos detalhes, e hoje já temos poucos específicos.

O território é cada vez menos nosso, tanto devido à dissolução do Estado nas instituições internacionais, como pela compra directa de estrangeiros ricos ou pela invasão de emigrantes esfomeados.

O sistema político e a estrutura social em pouco difere da do restante mundo ocidental.

Exército actuante não temos felizmente. Afinal, para nos proteger de quê ou de quem? De nós mesmos talvez…

A moeda é o…euro.

Crescemos economicamente por nos termos aberto ao mundo vendendo o nosso mercado à Europa. A força económica nacional é quase inexistente resumindo-se a um Estado ainda displicente, algumas empresas internacionalizadas e a consumidores ávidos que exibem orgulhosamente produtos com marcas e produção estrangeira. Os chineses vêm aí! Aliás, os chineses estão aí. São a cada vez maior e mais dinâmica comunidade invisível, que já dominam comercialmente os centros das nossas cidades, invadindo-nos com a sua massificada produção, contra a qual somos cada vez mais incapazes.

As nossas tradições já só vivem com os nossos emigrantes, que desprezamos com vergonha pois lembram-nos quem éramos.

Neste mundo bilingue o nosso esplêndido português tem tendência a tornar-se a segunda escolha, e é cada vez mais brasileiro.

A alimentação segue cada vez mais os padrões dos franchising espalhados pelo mundo. E não possuem ementa portuguesa. O mesmo se diga das modas de vestir, e outras.

A cultura que absorvemos e pela qual nos expressamos é quase toda anglo-saxónica e/ou brasileira. Veja-se a TV, cinema, rádio, música, moda, literatura, marketing, desporto, noticiários ou artes plásticas, e agora a W.W.W..

É esta a educação que nos conduz. São estes os modelos que seguimos. Os padrões internacionais.

As nossas convicções, causas e sonhos também nada têm de originais.

Mantemos a velha saudade nostálgica de uma história gloriosa (glória que só nós vemos e saudamos).

Temos ainda as praias (que destruímos por falta de planeamento urbano e turístico de qualidade), e o afamado sol que não é exclusivo nosso.

Mas o único património que realmente temos exclusivo somos nós próprios. É a nossa criatividade e coragem. Mas até esse é ainda diminuto pela longínqua história de repressão politica e pequenez económica que minimiza a confiança necessária ao despoletar da criação.

Acabam por ser os nossos emigrantes a ser os nossos mais destacados e respeitados! Enfim.

Como somos poucos e pobres estamos a ser rapidamente corroídos e reesculpidos por esta chuva dissolvente a que chamamos globalização.

Já não pertencemos ao jardim à beira mar plantado. Agora somos membros da aldeia global.

É a mudança. É a evolução por que sempre clamamos, e que exige o esforço da adaptação. É uma oportunidade também.

Gosto desta união integrativa. Viva o cosmopolitismo.

É sempre difícil enfrentar o mistério, o futuro, mas estou entusiasmado. E você?

António Matos.

P.S. este texto foi originalmente escrito há mais de 2 anos atrás e publicado no jornal Voz de Alcobaça, onde eu colaborava como articulista ocasional...
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Viagens!

É tão bom viajar.

No Domingo de madrugada partimos (eu e a Joana) em direcção a uns dias on the road. Foi como uma prenda de aniversário mutua, que oferecemos ambos, um ao outro e a nós próprios.

Acabamos por ir mais longe que inicialmente previsto.
Fizemos directo até Bilbao. Mas infelizmente não escolhemos o caminho mais rápido. Atravessamos os Picos da Europa, e fizemos o restante caminho pelo litoral norte. Foram mais de 10 horas!

Bilbao não é muito atractivo. Mas o museu faz valer a pena lá ir. È realmente impressionante. Até mais do que o conteúdo do museu, que também não é mau!

Depois ainda fomos até San Sebastian. Ou melhor: Donostia.
Donostia é lindo.
Já lá tinha estado antes mas só desta é que deu para ver bem.
Montanhas próximas, rio, e duas praias (uma com surf). A cidade é montanhosa, mas quase toda a vida se passa na horizontal. Dá para andar de bicicleta, skate, patins, a pé…
É grande mas está longe de ser monstruosa! É como uma metrópole em miniatura. Está perto de França, numa zona repleta de praias e surf. É limpa e organizada. E é linda. Enfim, uma das cidades mais bonitas que já vi. Adorei.
Estivemos lá até quarta, o meu dia de anos, e voltamos.
Chegamos um bocado cansados mas satisfeitos.
Foi muito bom. Espero poder lá voltar um dia.

Agora de volta ao trabalho…

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